segunda-feira, junho 29, 2009

JUNHO QUE NÃO ACABA MAIS! CASO PERDIDO


Alinhar à esquerda
Após ler uma entrevista com o grande Selton Melo, em que ele dizia ser um caso perdido em questão de relacionamentos, andei pensando ser eu também um caso perdido. Não sofri ao pensar nisso. Foi mais uma questão de constatação pura e simples. Levei a idéia adiante. Eis que surge a oportunidade de estar com meus caros amigos Raoni e Caio, sujeitos dignos de minhas filosofias existencias. Com eles defendi a idéia de ser mais um caso perdido nessa vida. Não falei isso com trsiteza ou lamento. Mas com um tom de que é isso aí: estou nessa. Pra espanto já esperado, piadas já duvidosas começaram a aparecer. Mas conversa deixada de lado, entramos na festa onde, à porta, conversávamos sobre essas questões. Entre várias andanças numa micareta e constatações de que ninguém me queria ali, surge um amor antigo. E num é que vi que ainda há algo de valente por aqui. Que bom foi essa experiência. Vi que não sou um caso perdido. Um quase caso perdido, no entanto!

Saracuteando por aí sigo...abraços a todos!!!

Samuca
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  1. Acreditem!! Em plena Micarina, a musa IVETE SANGALO conversou (isso msmo: conversou!!) com nosso amigo Gustavo (vulgo Malhado / Jogador)..
  2. ABAIXO, A TRANSCRIÇÃO (+/- fiel) da conversa entre a rainha Ivete e o Gustavo.. (inveja.. muuuuiitta inveja.. vou deixar meu cabelo crescer)
  3. IVETE PARA GUSTAVO: meu lindo, gostei do seu cabelo qual seu nome?? jefferson?? gustavo??.. de jefferson pra gustavo a diferença é grande..
  4. IVETE: fez chapinha?? num tá nem dançando direito pra num estragar o cabelo..
  5. IVETE: ele é liso assim ou vc dá um grau? dá um grau né? põe shamppo... gostei do seu cabelo. um bju... já bjou alguém hj?? ainda ñ??
  6. IVETE: quem quer bjar gustavo?
  7. IVETE: quem quer agarrar no cabelo de gustavo?? O gustavo é uma mistura de (não deu pra entender) com maria bethânia.. um bju gustavoo;;
Transcrição do twitter do Cícero (Cícero Portela do www.portalodia.com www.twitter.com/ciceroportela).

Grande momento do show. Estávamos eu, Raoni e Caio, quando a musa do axé parou o show e resolveu bater um lero com nosso amigo Malhado, grande jogador!!! heheheAlinhar ao centro

Na falta das imegens que ainda não temos, tá aí o diálogo entre essas dusas feras!!!

E aproveitando pra dizer que de uma ida casual a Teresina tive uma grande noite! Desde a carona da ida até a volta.

Dias melhores!!!
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domingo, junho 28, 2009

Michael Jackson: viveu o sucesso ou uma vida?

Por Raoni Barbosa

Lula que me perdoe pela frase: Nunca na história desse mundo musical se viu um artista tão louco quanto Michael Jackson. Louco no melhor sentido do bom elogio. Que cidadão é que nasce estrela, cresce estrela, vive estrela e morre estrela? Estrela é o adjetivo formidável e que se encaixa nessa situação. Falar de sucesso desse cara é simplesmente... simplesmente... ah, sem palavras. Só vem sucesso, sucesso e sucesso mesmo. A própria personificação da música Pop, ou como queiram, o Rei do Pop!

A idéia que passa por minha cabeça depois de ser bombardeado de tanta luz e música dele é: Poxa, mas e a vida dele mesmo... aquela em que, tipo, ele sai para fazer compras, ando com cachorros, visita a família, descansa, corre no parque para respirar ar puro...? Alguns podem dizer: "ah, ninguém sabe, isso pouco importa, pow! Negócio é show-business, multidão gritando o nome dele... 'I love you, Michel'...


Mesmo não sendo fã totalmente aficcionado, fico mais curioso nessas horas de conhecer a história que está por trás de tanto sucesso. E pelo que pude perceber em pequenas deixas entre milhares de reportagens que revisitaram a biografia do cantor é a demonstraçao de fragilidade como levava sua vida.

Pode ser que objetivo real não fosse fazer sucesso estrondoso como aconteceu. Mas seu talento precoce não poderia ser segurado com calma. Explodir era quase que uma obrigação. Com menos de 10 anos já liderava o grupo Jackson 5. A voz super afinada e os pequenos passes arrojados já diziam tudo. Para que isso se concretizasse, a disciplina era essencial - onde entra a figura do pai. Ao que parece a familia nunca passou fome, mas também não vivia às mil maravilhas. O sucesso do grupo seria a oportunidade de ganhar a vida e melhora-la. Então, que se deixasse um pouco as brincadeiras de infantis. Era hora de o pequeno Michael entrar em ação e agora 'interpretar' pela vida o futuro Rei do Pop.



O sucesso dos Jackson 5 parecia ser previsível, já que ganharam festival de calouros na década de 70. Após alguns anos, Michael lançou carreira solo. Dançando de forma empolgante e cantando sem perder o fôlego por longos anos, o artista ganhou o Mundo. Fãs e mais fãs agora acompanham sua vida artística graças aos inúmero sucessos musicais emplacados. Álbum após álbum literalmente.... Adentrou de vez ao Mundo surreal das celebridades. "Do nada" virou estrela e agora a missão era brilhar com toda perfeição e vigor... nisso foram-se quase 30 anos!


Creio que foi nesse momento que ele perdeu de vista as raizes daquela vida leve que possuia... E tudo é para sempre? Nem para estrelas do céu que brilham tanto uma noite e na outra se apaga... Aos poucos a 'vida sumida' daquele menino estava voltando... dai aquelas excentricidades de querer brincar em parques, comprar brinquedos, ter como melhores amigos as crianças...


Isso pode ter despertado um novo sentimento de vida para ele que já começava a despencar num ostracismo, depois, de quase 10 anos sem fazer shows... esse isolamento todo pode também ter agravado seu estado mental também... Dai a fragilidade da vida aos 50 anos.


Enfim, talvez não haja na história do showbizz mundial um caso de ascensão e queda tão grande quanto o que ocorreu com a carreira de Michael Jackson há alguns anos... Na memória dos fãs ficou essa capacidade admirável de Michael se reinventar tantas vezes para promover sucesso e alegria entre os povos... Dai eis a questão: Será se ele viveu a vida que ele queria ou ele viveu para os outros?
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quinta-feira, junho 25, 2009

Buscando paciência em Pessoa

Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.


Fernando Pessoa, 2-8-1933.
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A Democracia feito por homens políticos e não da política!!!!

























Charges encontradas em www.forasarney.com.br
http://twitter.com/forasarney
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quarta-feira, junho 24, 2009

Teresina: Estudantes e profissionais mobilizam-se em favor do Diploma de jornalismo

Por Raoni Barbosa

Realizou-se na manhã da segunda-feira, 22, em Teresina, a passeata de manifestação de estudantes e profissionais da Comunicação Social em repúdio à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão.
O local escolhido não foi à toa: Avenida Frei Serafim - onde há o maior fluxo de pedrestes e automóveis da capital. Reunidos no canteiro central dessa mesma avenida, manifestantes vestidos de preto com narizes de palhaço gritavam a todo instante a seguinte frase de ordem: “Ão, Ão, Ão, diploma é obrigação”.

A movimentada manifestação foi organizada principalmente pelo Sindicato dos Jornalistas do Piaui com seu presidente, Luis Carlos Oliveira. Pelo local também se faziam presentes professores de Comunicação e jornalistas como Fenelon Rocha, Zózimo Tavares, Cláudia Brandão, Cantídio Filho e Daniel Solon. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí enviou ao local um representante como demonstração de apoio ao movimento pró-Diploma.

Grande presença estudantil – Em grande maioria e um dos principais preocupados com o futuro profissional, o coletivo estudantil de Comunicação Social de várias faculdades particulares e universidades públicas fizeram a diferença na manifestação. Com fina ironia à comparação entre jornalistas e cozinheiros feita pelo Ministro Gilmar Mendes após a decisão no STF, vários estudantes utilizaram colheres e panelas para a mobilização.

Após discursos inflamados feitos pelos próprios participantes, como o do coordenador do departamento do curso de Comunicação Social da UFPI, Magnus Pinheiro – que exaltou a importância da obrigatoriedade do diploma e a boa formação do jornalista vindo da academia – a mobilização na Avenida seguiu para um outro cenário: a Assembléia Legislativa do Piauí.

Uma escolta policial garantiu a segurança e a mobilização da via para a circulação dos manifestantes mesmo sob o forte sol que se instalava nessa manhã em Teresina. Em alguns momentos o trânsito do local ficou complicado para a circulação em relação aos dias típicos. No entanto, a manifestação teve compreensão por parte dos motoristas que por lá passavam.










Deputados apoiam movimento – o parlamentar estadual Fábio Novo(PT) apareceu tanto no local para expressar palavras de apoio à manifestação quanto na Assembléia Legislativa do Piauí ao puxar discussão entre os deputados presentes sobre tal decisão do STF. Dentre eles, João de Deus (PT), Tererê (PSDB), Warton Santos (PMDB) tornaram claras suas opiniões de apoio em favor da obrigatoriedade do diploma.

Deputado Tererê foi o mais enfático no discurso dentre os que na assembléia estiveram: “Quem pagará todos os custos que esses estudantes tiveram pra estudar jornalismo em suas faculdades e universidades?”

[Matérias relacionadas]:

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Apesar de a notícia não ter sido transposta da mesma forma como postei nesse blog, a matéria postada no Portal Terra enviada por mim só valeu a pena pelas fotografias publicadas mesmo... Porque tudo que escrevi foi modificado, alterado para que cumprisse 'a produção noticiosa' compacta e rápida, sem muito impressionismo...
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segunda-feira, junho 22, 2009

E meus amigos, kd?

Levando um dedin de prosa com a vida, apareço por aqui. Sentindo falta de conversa de bar, de estar com os amigos, enfim! Mas é a vida! Cada um em seus caminhos. Uma hora agente se topa por aí. Sexta a noite escrevi umas coisas a mão pra colocar aqui. Mas a efemeridade do tempo já não deixa mais eu colocá-las aqui. Hoje o pensamento já é outro. No entanto, o que mais escrevi foi sobre uma recente peça da Denise Fraga - A alma boa de Setsuan. O que me chamou atenção foi uma reflexão da própria atriz em recente entrevista ao Jô. Lá ela dizia sobre uma situação que muito vigora por aí: o calar-se em determinadas situações. Não é novidade pra ninguém o fato de nos calarmos em certas conversas pra não causar maiores discursões. Aquela velha frase dita internamente: não vale a pena discutir por isso. Ou até mesmo você não querer opinar perante as incertezas da vida. Partindo desses pensamentos cheguei em dois textos interessantes. Um da Lya Luft e outro do Arnoldo Jabor. Eles tratam de bons temas pra se discutir tomando uma gelada com bons amigos e que, ao meu ver, tem algo relacionado com isso levantado pela Denise. Acho que alguns problemas do mundo vem por essa relação do calar-se frente aos obstáculos, ao que incomoda. No entanto, romper as barreiras do silêncio, não é uma tarefa tão fácil assim. E nisso, vamos nos acomodando com as realidades. Com essa sensação de que tudo vai bem. Espero que gostem dos textos. No mais até a próxima!

Samuel Pereira


Esse poço tem fundo?

Lya Luft


"É frágil uma democracia na qual pobres e ricos,
jovens e velhos, reagem com um dar de ombros
quando se fala nesses desmandos, nesses abusos,


nessas verdadeiras loucuras – as que sabemos e
as piores, que ainda ignoramos"


Houve um tempo em que se ensinava às crianças que, se a gente furasse um poço dias e dias e anos e anos a fio, chegaríamos ao Japão (ou era China que diziam?) e estaríamos no meio de crianças orientais de olhos puxados e costumes muito diferentes. Menina de cidade do interior, só conheci a maravilhosa cultura oriental muitos anos depois.

Adulta, descobri que a vida tem outros poços, nem todos divertidos. Um deles agora se afunda como se não tivesse chão: o poço dos escândalos nossos de cada dia, o poço da nossa desolação e dos nossos enganos. Percebo que, a pior das situações, raras pessoas ainda se dão ao trabalho de se preocupar de verdade. A maioria, talvez para suportar tantos desencantos, dá de ombros dizendo que é isso mesmo, as coisas são assim, no Brasil é assim, no mundo inteiro está ficando assim, e afinal "não tem problema".


Ilustração Atômica Studio


Propriedades produtivas são invadidas sob proteção não se sabe de quem: ninguém parece fazer nada. Congressistas e senadores fazem farras inimagináveis quando ainda acreditávamos neles: não tem problema. Mensaleiros continuam sendo processados, mas não sei que tenham perdido a honra, ou vivam execrados. Agora, no Supremo Tribunal do país, ministros batem boca diante de telespectadores atônitos: parece que perdemos o último baluarte da nossa esperança.

Mas fiquem tranquilos, não tem problema.

Não devemos nos espantar com a generalizada quebra de autoridade. Tudo numa boa, por aqui é assim. Sem stress, que dá rugas, sem exageros, que a gente vira um chato. Que povo estamos nos tornando? Ignoramos essas circunstâncias, que agora não são apenas corrupção escancarada e impune, mas falta de compostura de quem era a última instância de nossa vida problemática, derradeira inspiração para a desorientada juventude nossa. Mas não ignoramos por sermos ignorantes, e sim porque nos dizem que está tudo numa boa, e não adianta reclamar. A gente se acomoda, se distrai, olha para o outro lado, porque a capacidade de reagir nos foi lentamente, subliminarmente, retirada. Não por sermos um povo acomodado ou superficial, mas mergulhado num estado geral de desinteresse – e isso contagia feito uma nova doença, uma gripe de derrotados nem sempre suínos. Algo negativo e sombrio perpassa este país, e nem os trios elétricos nem zabumbas nem carnavais ou belas danças típicas do interior conseguem disfarçar.

É frágil uma democracia na qual pobres e ricos, jovens e velhos, reagem com um dar de ombros quando se fala nesses desmandos, nesses abusos, nessas verdadeiras loucuras – as que sabemos e as piores, que ainda ignoramos. (Pois, quanto à chamada farra das passagens, dizem os que sabem das coisas que o pior vai permanecer oculto, não por último para preservar, em alguns casos, a solidez da santa família brasileira.) A gente ou sabe ou imagina, e comenta como se fosse engraçado: quem ainda acredita nos políticos? Quem ainda tem fé nas instituições? Olhe só o que está acontecendo por aí, e nem é de hoje. Nem vai se corrigir, ao contrário: cada vez aparece algo mais sério, mais sinistro, objeto de reais ou falsas investigações tantas vezes desfocadas e ineficientes, ou aparentemente rigorosas. Sentimos uma lufada de otimismo, agora, sim, a coisa vai endireitar... mas logo se desfaz diante do comentário que vem do alto: tudo resolvido, não tem problema.

Tem problema. Tem muito problema. Não é normal, não é assim o Brasil, não são assim os brasileiros. A falta de autoridade de tantos líderes contamina feito uma gosma escura, uma doença maligna corroendo a decência neste país, tirando-nos discernimento e capacidade de julgar. Fingimos não saber, fingimos nem ligar. Aos mais simples, como às crianças e jovenzinhos, é repetido que está tudo bem, tudo em ordem. "Não tem problema." Assim, descrentes e céticos, protegem-se com um precoce cinismo, que afinal é um jeito (pobre) de sobreviver na selva moral.


Lya Luft é escritora

Fonte: Revista Veja - Edição 2111- 6 de maio de 2009.



A ideia de “totalidade” que animou a “razão humana” por milênios acaba de falecer. Acabou de morrer com o socialismo fracassado. O homem pensa como um organismo, deseja que a vida seja um corpo funcional como o nosso. Tudo aspirava a ser “um”. Toda razão sempre aspirou à totalidade.

Agora só há fragmentos. Os pensadores ainda fingem gostar do fragmentário, do caótico, do incontrolável. Mentira. Cada fragmento se reerige em totalidade. De onde falamos, quando pedimos o Bem? Falamos de uma “harmonia perdida”, como se ela fosse ainda possível, ou tivesse algum dia existido.


Só a ficção previu a ilógica do mundo atual. Kafka e Beckett previram o mundo de hoje muito mais claramente que os cientistas políticos. Disseram para Brecht: “Kafka foi o primeiro autor bolchevista”. Brecht observou: “E eu sou o último escritor católico”.

Por que praticar o Bem se ele não é mais possível? O Mal virou uma necessidade social. Não dá mais para viver sem praticar o Mal. Não dá para estragar a nossa felicidade cada vez que olhamos para crianças famintas. O Mal é um mecanismo de defesa. O Mal é sempre o ‘outro’. Nunca somos ‘nós’. Hitler nos absolveu a todos. Stálin nos fez santos.

Achamos que a “tarefa democrática” seria um subproduto do capitalismo, como se ele almejasse a diferença, a contemplação das diversidades. Doce ilusão achar que o capitalismo almeja o heterogêneo. Vejam a obviedade da crise financeira, gerada pelos velhos vícios da voracidade e do egoísmo. Sempre houve um grande “auê” com as injustiças da ditadura. Mas, e o Mal dos democratas? Estamos na era do erro inextricável. Do crime “sem criminosos”.

Nem Bem nem Mal. São as coisas que estão controlando os homens. É o CO2 que controla os governos e não o contrário. As coisas tomaram o poder. Cito Heiner Muller: “A máquina odeia o homem, pois para todo sistema de ordem ele apresenta um fator de perturbação. O homem faz sujeiras, não funciona direito. Logo, é preciso que ele se vá, o capitalismo deseja a perfeição do sistema estrutural da máquina”.

Os fiascos de hoje são defeitos de fabricação. Ou o lixo que o lixo do capitalismo gera. A gripe suína nasce de onde? Deste grande pesadelo poluído e sem controle. No Brasil, muitas catástrofes são “fora do lugar”. A evolução técnica convive com o ambiente de miséria e dá no “malfunctioning”. Explodem pela soma de novas tecnologias com o excesso de atraso: traficantes no morro com supermetralhadoras. Todos sabíamos que a bolha poderia explodir. Explodiu. Esse malogro traz uma nova era? Terrível ou não, alguma verdade vem aí. Que nova verdade será essa? A prudência, a parcimônia?

Nossa catástrofe maior é a impotência política. Há também o naufrágio da insensibilidade crescente diante do horror. Os fatos estão além da piedade. Há o tédio crescente pela catástrofe, quando a alma vira uma grande pele de rinoceronte.

Mas, há ainda um grande amor brasileiro pelo fracasso, pela falência de propósitos. Quando o fracasso acontece, é um alívio. A fracasso é bom porque nos tira a ansiedade da luta. Já perdemos, para que lutar?

O Mal do Brasil não está no assassino serial, está nos pequenos psicopatas que nos roem a vida. O Mal do Brasil não está na infinda crueza da burguesia nordestina (pior que a do Sul e Sudeste), está muito mais no seu riso, na sua cordialidade. O Mal não está na máfia das passagens aéreas no Congresso, nas roubalheiras, mas nos simpáticos jaquetões dos nossos parlamentares, em suas gargalhadas soltas.

Ao denunciar o Mal, vivemos dele. Vivemos da denúncia e com ela lucramos. Eu lucro sendo um cara “legal” que denuncia o Mal e, assim, escapo da fome, comendo a comida de quem lamento.

Como quase nada acontece no Brasil, a não ser o desatino, o erro da tentativa, o tiro pela culatra, a incompetência arrogante, quando um desastre ou escândalo acontecem, a plateia fica calma. Nossa vida fica mais real e podemos então, aliviados, botar a culpa em alguém.

E dizemos: “Viram? Nada dá certo aqui. A culpa é deles…” Eles quem? Há uma tradição de que nossa vida é um conto-do-vigário em que caímos. Somos sempre vítimas de alguém. Nunca somos nós mesmos. Ninguém se sente vigarista. Há os fiascos em preparação, como as reformas do Estado que o Congresso não deixa fazer, há as catástrofes da lentidão dos processos jurídicos, há os eternos denunciadores do fim, fotógrafos, escritores, jornalistas (eu?), gente que denuncia o mal do mundo para o mundo, denúncias que são um pleonasmo maldito para nada.

A vitória é burguesa. “Seja marginal, seja herói”. O fracasso é legal, a vitória é careta. A vitória dá culpa, o fracasso é um alívio.

A crise, a catástrofe, o bode-preto têm um sabor de “revolução”. É como se a explosão “revelasse” algo, uma tempestade de merda purificadora. Além disso, para os carbonários, depois de tudo arrasado, a pureza renasceria do zero.

O Brasil é visto como um grande “bode” sem solução – paraíso da esquerda pessimista, dos militantes imaginários. Quem quiser positividade é traidor. A Academia cultiva o “insolúvel” como uma flor. Quanto mais improvável um objetivo, mais “nobre” continuar tentando. O masoquista se obstina com fé no impossível.

A falência nos enobrece. O culto português à impossibilidade é famoso. Numa sociedade patrimonialista como Portugal do século 16, onde só o Estado-Rei valia, a sociedade era uma massa sem vida. Suas derrotas eram vistas com bons olhos, pois legitimavam a dependência ao Rei. Fomos educados para a desgraça. Até hoje somos assim, só nos resta xingar e desejar o mal do País.

Vejam como o Brasil se animou com a crise atual. Assim como o atraso sempre foi uma escolha consciente no século 19, o abismo para nós é um desejo secreto. Há a esperança de que no fundo do caos surja uma solução divina.

“Qual a solução para o Brasil ?”, perguntamos. Mas, a própria idéia de “solução” é um culto ao fracasso. Não nos ocorre que a vida seja um processo, vicioso ou virtuoso, e que só a morte é solução. Para o Bem ou para o Mal.

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quarta-feira, junho 17, 2009

Paixão por Foto rende premiação à Jornalista em Teresina

Entre o tempo de pensar e fotografar, instantes preciosos são criados na mente de qualquer fotógrafo, desde amador ao profissional. Na hora do clique, toda formação cultural impulsionará a retratação daquilo que poderá ser o momento ímpar.

Aquela ’magia de parar o tempo’ parece não ser pra qualquer um. Quem conta suas artimanhas e magias com fotografia é a vencedora da categoria fotografia colorida, entitulado “Sorriso Danado”, do 15º Salão de Fotografia de Teresina, a jornalista e produtora Flávia Rocha.

Aos 26 anos, ela considera que o dom da fotografia surge através do amor por essa arte. E as tentativas de mostrar seu valor fotográfico em edições anteriores do Salão até a premiação de ontem, dia 15, na Casa da Cultura (próx. à Pça. Saraiva) só serviram para alimentar a paixão pela fotografia.
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Como aprendeu a amar fotografia?

Flávia Rocha - Desde criança me encanta a fotografia, e costumo ver as coisas em quadros fotográficos. Uma mão, um gesto, um sorriso, os cachos do cabelo da minha sobrinha, os momentos de troca de sensibilidade… dá vontade de registrar tudo, mas tenho que segurar essa vontade um pouco porque senão já viu, não faço mais nada… E quando eu tinha 4 anos, uma amiga fotógrafa da minha mãe me levou pra fazer um ensaio de graça. Ela me pegou no bugre dela, e eu achei aquilo muito legal. Mas durante o ensaio, fiquei o tempo todo séria. Começava a perceber ali que eu estava no lugar errado, meu lugar era por trás das lentes. Hoje eu ainda estou aprendendo a sorrir pras lentes. Acho que tem que haver intimidade entre as duas partes pra sair uma foto verdadeira. Por isso gosto de conversar com as pessoas, brincar, sorrir (antes e durante os registros)… mas ainda sou uma principiante e tenho que me policiar pra estudar mais fotografia.

Que prazeres lhe causa ao observar uma fotografia?

Flávia Rocha – Depende da foto. Mas uma boa fotografia mexe muito comigo, acho que com quase todo mundo. A fotografia tem uma magia, uma beleza. Às vezes nos angustia ou nos alegra ou ficamos paralisados diante dela.

O que é uma boa fotografia pra você?

Flávia Rocha – Não sei. O que encanta é o surpreendente. Quanto menos você imaginava da possibilidade daquele registro, mais instigante é a foto. Tem que passar pela cabeça algo do tipo: “Caramba… Como ele (ou ela) fez isso? Também tem que ter verdade, sensibilidade, boa percepção de cores, de enquadramento, mostrar sensações ou realidades diversas.

Por trás de uma grande fotografia há sempre uma boa história. E qual é a do “Sorriso Danado”?

Flávia Rocha – Eu estava viajando e na estrada vi uma cena bem diferente. Primeiro, um garoto bonito, cabelo loiro, olhos verdes, bronzeado, com uma camisa com um azul lindo e bem sujinha. No fundo, uma pedra, e ao lado dele várias meninas lavando roupas numa bica na beira do asfalto. A foto pra mim era aquela. Só que eu topei em alguma coisa, quase despencava no chão. Aí já viu, o menino começou a dar gargalhadas, ele não parava de rir (de mim), foi uma cena muito engraçada pra ele, aí eu comecei a clicar. Deu no “Riso Danado”. E sempre digo: agradeçam pelos tropeços da vida, eles poderão ser bem valiosos. E aquele tropeço rendeu meu 1º prêmio de fotografia.

Você com certeza deve concordar que tudo que fazemos com inspiração sai coisas fabulosas. E quais são as suas a partir do momento que está com sua câmera empunhada pra registrar algum fato?

Flávia Rocha - Eu vivo profundamente aquele momento, se eu estiver com uma máquina, pra mim não importa mais nada. E isso às vezes pode ser um problema. Por isso, prefiro não namorar perto de uma máquina, mas às vezes sei que dá um clima muito bom…rsrs.

Observei seu blog e lá tem muitas fotografias de criança. Que olhar você tem sobre elas por trás da lente?

Flávia Rocha - Eu sou apaixonada por crianças. Elas são o que há de mais puro, mais sincero, original, sem vergonha.

Se fosse traçar e relatar sua formação particular sobre seu amor por fotografia, como seria ela?

Flávia Rocha - Pergunta profunda, hein? Mas sinto que é um pouco de dom. Todos nós temos nossos dons. Cabe a gente ter coragem pra investir naquilo e ser um profissional por inteiro. Mas sempre enxerguei a vida em fotografias, só que minha família é de origem humilde e na minha casa não tinha máquina fotográfica. Um dia minha mãe comprou uma bem “ruinzinha”, mas já dava pra fazer alguma coisa. Todo mundo tirava fotos horríveis com ela, sem foco, sem cor, mas parecia que ela gostava de mim, quando era eu que clicava, não era que a foto ganhava vida? É um pouco de vaidade, mas foi assim que foi nascendo esse amor. Aquele objeto que pra mim era de difícil acesso, não saía da minha cabeça. Um dia eu ia comprar uma. Cresci sendo a fotógrafa dos variados momentos, mas sempre com a máquina dos outros. Um momento muito marcante pra mim foi quando uma amiga, que já tinha sido fotografada por grandes profissionais, disse que eu tinha tirado a melhor foto da vida dela. Foi um elogio e tanto. Fique muito feliz porque tudo que a gente quer é sair bem na foto, não é? Vi o quanto ela ficou feliz, e isso foi um grande incentivo pra mim. E quando eu peguei na minha primeira “bolada”, advinha o que eu comprei? Um Cânon EOS Rebel XT e uma lente grande angular.

Já que o amor está no ar… digo, na fotografia… Tens algo reservado para utilizar essa paixão em projeto profissionais a partir dessa premiação justa no Salão de Fotografia?

Flávia Rocha - Há algum tempo penso em um tema específico, que tem muito a ver com a foto premiada, mas acho melhor não falar agora, melhor deixar fluir. Já me ofereceram espaços e tudo, mas achava que ainda não era o momento.

É fato: Ser um profissional premiado é ser exemplo de paixão pelo que faz. O prazer de ver registrado um trabalho excelente deve ser maravilhoso. Então, o que fez você até a premiação?

Flávia Rocha - Humm… E você me parece que também será um jornalista de prêmios… Mas o que me fez? Muitos cliques, muitos sonhos com fotografias perfeitas, ganhos, perdas e, principalmente, acredito, admiração pelo outro, pelo diferente, pela autenticidade, mesmo que seja alguém atrapalhado, zangado, chato. Acho maravilhoso chegar a um ponto de maturidade de saber respeitar as pessoas como elas são, com as suas mais variadas características, defeitos, esquisitices. Quanto a ver um trabalho meu exposto, pra mim significa dividir sensações, momentos únicos, flagras, experiências, paisagens que impressionam. Também é uma forma de divertir, de alegrar as pessoas. A fotografia é a arte que está mais próxima das pessoas, é uma paixão popular, e ter uma certa intimidade com ela é um grande presente. A fotografia me relaxa, me faz me sentir diferente e, principalmente, feliz. Tem coisa mais importante?
Por Raoni Barbosa
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segunda-feira, junho 15, 2009

SALIPI: Teresina unida pela leitura

União pela leitura é um lema interessante e vende bem. E a cidade de Teresina comprou bem essa idéia com o Salão de Livro do Piauí - SALIPI. Em sua 7ª edição, o Salão pode durante oito dias mostrar o que melhor existe da Literatura Nacional na Praça Pedro II.

Muito mais do que um programa legal para o público teresinense, o evento traz à tona a nobre discussão sobre o incentivo à leitura, fator importante na revolução do ser humano em si perante o Mundo. E os livros à mostra pelos diversos estandes pareciam dar o passo inicial para essa revolução, se não fossem os preços. Será a editora encarecendo o preço da produção ou ela está fazendo um ‘favor’ do reconhecimento dos neurônios queimados para a criação do livro?

Quem podia comprar livros, que comprasse. Mas e os que não tinham condição, geralmente crianças de escola pública? A maioria dos meios de comunicação divulgou o que Governo repassou: todo aluno estadual do programa Mais Educação seria beneficiado pelo ‘cheque-livro’, embora isso não tenha acontecido. Calma, o incrível não é isso. E sim observar que os brasileirinhos-piauienses não beneficiados não se deram por vencido.

“Tia, vou me sentar ali perto daquele menino que tá de livro pra ler com ele. Posso?”, essa resposta-solução foi o que mais se ouviu vindo desses estudantes – o jeitinho brasileiro que veio para o bem. Pode ser que esse problema tenha sido a fração mínima de um probleminha perto da idolatria e festividade armada entorno desse que é um dos maiores Salões de Livro do Brasil, mas creio que são pequenas coisas que abalam o elo estrutural da educação pela boa leitura, entre leitores e livros.
Por Raoni Barbosa
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"Tá feito um Peru..."

Já ouviu essa expressão? Tão comum quanto a metáfora, é se sentir assim. Balança a cabeça pr'um lado e pro outro... Parece não saber o que quer, e quando perguntado: - "Não, não... estou bem!"

Esses dois 'não' com certeza viram 'sim', se assistido e descoberto o motivo de estar assim. Balançar a cabeça, fixar um olhar perdido num horizonte chato, é prova de que nada está bem. Eu balanço[cabeça] a minha sempre pensando no futuro - o que já é coisa chato!

Insegurança aparece toda hora, mas palavra de conforto sincera são poucas mesmo. O mundo é isso: que você seja amaparado por si próprio. E parece que nem adianta falar que 'Deus está olhando por todos'. Mas sei de um remédio bom que minha mãe e avó sempre disseram a mim: durma que tudo acaba jajá!
Por Raoni Barbosa
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terça-feira, junho 09, 2009

ONG/GAV mostra tua cidadania!

[Bairro Vila Bandeirantes, Teresina(PI), 15 de maio, 12h14]

Que ventos lhe trouxe até aqui, caro cidadão? O mesmo que carrega pessoas de boa índole em busca de refúgio das mazelas cotidianas em que 'Cidadania' é o ar que permea por aquela atmosfera simples e exemplar: o Instituto Grupo de Amigos da Vida(GAV). Mas antes de entrar, 'bata os pés' e deixe toda sua impureza para trás, pois o que vem à frente é só lição de vida.

Assim que entrei na ONG lembrei um pouco da minha infância: crianças uniformizadas andando pra todo lado conversando, brincando e sorrindo. Era a hora do recreio, melhor dizendo, do almoço. Toda criança nessa hora não se segura mais: fica louca pra comer com a sua galera, encher a 'barriga'. É uma alegria só.

Depois de minutinhos de descanso, é hora de estudar! Professores voluntários estão chegando e agora é sentar nas carteiras e 'devorar' conhecimento. Quando o mestre chega a educação se levanta e diz 'boa tarde', e se ainda quiser, a turma arrisca um 'bon jour', um 'buenas tardes'... - pois no cronograma da escola/ONG há aulas de língua, além das matérias principais vistas em qualquer escola por ai. Ah, só lembrando: esse Instituto fica em Teresina(PI) mesmo!

Imagine aí mais de 600 crianças circulando e divididas em turnos diferentes do dia... Todas assistidas de forma igual e bem. A relação entre todas é impactante: uns são irmãos dos outros, e vice-versa numa alegria só. O pátio, onde ocorre a troca de afetividade entre elas, tem dois mastros com bandeiras do Brasil e do Piauí. Tremulando de forma vívida, elas parecem passar a seguinte mensagem: "Olhem por nós também. Temos o mesmo sangue brasileiro que vem da mesma raça, cor e crédulo...".

Para poder 'abraçar' tanta criança assim imagina-se que a escola, naturalmente, tenha boa condição estrutural, né verdade? Sim, porém não acontecia até se criar a força de vontade advinda de forças próprias da própria galerinha que por lá estuda e vive - Incrível isso!

Mas prefiro sensacionalizar essa história com as muitas mãos voluntárias que puderam proporcionar dias melhores para aquelas crianças. Foi de "tijolo em tijolo" mesmo, como explicou seu Miranda Neto (chefe do G.A.V), que a escola criou teto e virou Lar. O destino, literalmente, pôs esse cara na vida dessa galerinha. Se é sonho, então que se realize! Com certeza, devem ser muitos.

E a cada novo dia, crianças tem seus sonhos renovados. O foco é o mesmo. Todas 'treinadas' para que suas atitudes sejam certeiras para as conquistas futuras. Mesmo expostos à realidade fora dos muros da ONG, a formação daquelas crianças parecem 'blindar' de mau-olhados que querem destruir seus sonhos.

Para mim toda lição anotada na mente e no coração entre aqueles quatro muros 'blindados' de amor, compreensão, perseverança e muita fé não pode ser perdida de vista. É exercício diário, árduo, mas gratificante. "Vocês[jornalistas] devem multiplicar essa idéia... Muitos são críticos, mas poucos são sensíveis pra fazer isso", finaliza chefe Miranda convocando a sociedade para essa missão.

De lição aprendida e refletida, a sociedade, de bom agrado, poderá encher o peito e bater continência respondendo: "Sim, senhor!"

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sexta-feira, junho 05, 2009

TV DIGITAL E WEBTV: AS CURIOSIDADES QUE RENDEM LUCROS?


Televisão! Tem palavra mais doce do que essa na ‘boca do povo’ brasileiro? Creio que não, pois como pode esse algo não permear em sua mente se assistir a televisão já é atividade inerente às suas vidas? Se segundo em sua pesquisa, MORAES, em 1998, constatou que a televisão era quase consenso nacional com cerca de 92,6% em domicílios brasileiros, imagina-se que os números devem ter aumentado um “pouco” mais em 2007 devido ao lançamento da TV Digital no Brasil. Curiosidade à parte, tudo que envolve ‘novidade’ na vida dos brasileiros é sinônimo de lucro e sucesso, que rumos terá a TV Digital no Brasil?


Os rumos tomados até então pela TV Digital em nosso país ainda está em fase adaptação, embora seu conceito permita discutir sua funcionalidade na sociedade brasileira. Seu novo sistema de radiodifusão televisiva transmite sinais digitais em lugar dos analógicos.
Mais eficiente no que diz respeito à recepção dos sinais, a transmissão digital apresenta uma série de inovações sob o ponto de vista estético, como a possibilidade de ter-se uma imagem mais larga que a atual e com um maior grau de resolução, bem como um som estéreo envolvente, além da disponibilidade de vários programas num mesmo canal.
Sua maior novidade, no entanto, parece ser a capacidade de possibilitar a convergência entre diversos meios de comunicação eletrônicos, entre eles a telefonia fixa e móvel, a radiodifusão, a transmissão de dados e o acesso à Internet.


Mas o mote dessa nova TV atingida pela Era Tecnológica e Informacional será a interatividade. A programação vista, passivamente, pelo expectador será deixada de lado com toques e outros toques. Poderá passar as devidas reclamações sobre os programas e, mais, fazer manifestação ao vivo/online sobre o que vier na mente.
Só não vale ser inconveniente e reclamar de um programa quando amigos e parentes ao seu lado têm o bom gosto de assistir tais programas. Então que cada um compre a sua TV Digital.


O objetivo aparente da instalação dessas novas tv’s pelos diversos cantos do Brasil é levar a era da informação para mais próximo de seu público, entendendo-se que uma gama maior de informações e opiniões fundamentadas fomentarão pessoas mais críticas.
E o objetivo real? Esse fica a cargo do ‘bom entendedor’ que analisará se é mais vantajoso entrar na ‘moda’ e comprar uma televisão digital (ainda com preços caros) ou procurar coisas bem mais utilitárias para sua vida, como a alimentação, saúde e educação, por exemplo, já que não serão fechadas as transmissões normais para TV’s analógicas.
Ou seja, uma das vantagens é pra quem tem o poder de consumir esse produto, e uma das desvantagens é pra que ficará só desejo de consumir.


Mas mudando a vantagem para o sentido da comunicação... Será a oportunidade de abrir espaços novos para pequenos grupos se manifestarem perante a difusão massiva de mensagens dos grandes e poderosos meios de comunicação, GLOBO, SBT e BAND por exemplo. E a desvantagem? Quem tem condição de competir com essas empresas, já que o modelo japonês adotado pelo Estado favorece em questão de ‘espectros’ – gama de canais ‘livres’ disponibilizados em arranjos para os detivesse maior representatividade em comunicação no país? Mais uma vez a questão econômica participa ‘ativamente’ dessas decisões.



Em cima dessas desvantagens de ‘peso’ sobre a aderir a TV Digital surge a WEBTV. O que ela é? O que tem de bom nela? É fácil adquirir? Quanto custa? E a gente pode fazer o que quiser com ela? Essas e outras perguntas mais poderão ser respondidas em parte, já que é uma área também em estudos com poucos estudos aprofundados. É uma das novidades mais interessantes já inventadas pela Internet nos últimos tempos. O fascínio do ser humano por imagens audiovisuais parece ter se reinventado pela rede virtual de uma forma interessante, assim como no caso da TV Digital, sobre a questão da interatividade.


A participação dos usuários/consumidores pela Internet é mais clara. Qualquer pessoa pode criar sua Webtv. Dois ou três clicks, e balançadas de mouse, pronto! Está criada sua tv virtual. Com programação personalizada e podendo ser transmitida por demanda (ou seja, aqueles famosos downloads por buffer) ou por streaming (aquelas feitas ao vivo, na hora!). Basta ao usuário/consumidor despertar a criatividade e promover o melhor e mais específico conteúdo de seu interesse e por fim de interesses dos outros que resolverem acompanhá-lo. Haja canal de esporte, política, saúde, comportamento, moda, economia, entretenimento, cultura.


Diferentemente do mundo real, a rede virtual disponibiliza a criação de TV’s sem a burocracia de concessões e ofícios para registrar a atividade daquele potencial meio de comunicação. De meros consumidores a, agora, produtores de conteúdo. A tendência dessa pluralização de canais propostos pelas webtv’s é a individualização do processo comunicativo daquele instante – cada um com seu estilo e seu gosto.
Mas há de crer também que ao tempo que o povo cria suas próprias tvs, os grandes meios de comunicação tradicionais já movimentam seus bastidores para criar e estenderem seus conteúdos pela Internet através dessas tv’s virtuais, como, portal Globo.co e G1, portal Terra, UOL entre os mais conhecidos.

Quem ganha com isso? Possivelmente, aquele que possui uma renda financeira melhor, pois quase sempre tendem a criar materiais de maior qualidade e quantidade, ou seja, tudo que a Era Capitalista da Informação pede.

[Falar de televisão cansa, mas adotei as imagens pra quebrar a seriedade, fazer publicidade de nada a ver... assim como fazem as TV's]
Por Raoni Barbosa
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