• Sons pirados
  • A última gelada da parada
  • Paixão nacional

CD Novo do grupo Domin(g)ó!


Capa lançamento do cd do grupo Domin(g) ó pelo Centro Histórico de São Luiz





Por Raoni Barbosa
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Amor Presente até no Futuro do Presente

É sempre assim pelas manhãs de meu final de semana. O sol que me acorda pelas manhãs para um novo dia não tem sido meus pais. Pelo menos nos últimos quase oito meses tem sido ELA. Às 9h40 é o telefone tocando... Com a voz e o idioma embaralhado pelo sono, eu atendo...

--"Bom dia amor[voz baixinha]... e ta dormindo ainda... Acorda logo..."- diz ELA louca pra começar o seu dia e o meu alimentando o amor. A voz é dócil, também de sono, e muito agradável. As poucas palavras que me fazem acordar bem pelos finais de semana são d'ELA...

Os cafés-da-manhã nunca mais foram os mesmos... O gole quentinho desce de forma suave enquanto falo pelo telefone enquanto ela planeja todas as ações do dia e pergunta as minhas... Ai de mim se deixá-la falando sozinha: “Raoniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii” kkkkkkk É uma paixão grande vinda de um coração grande que tento ocupar todos os espaços assim como faz comigo. Verdadeiramente sinto-me especial. Algo que tanto imaginei que um dia fosse acontecer.



E quando falo e penso sobre o amor com ela... Observo que ela tem uma forte sensibilidade. Algo admirável para os amigos que a ladeiam, mas para mim apaixonante entre outros atributos ao tempo que descobri o valor real da palavra "Saudade". E isso tem se refletido no meu dia-a-dia enquanto faço minhas atividades rotineiras. Em frente ao computador, a mente escapa do controle e começa a viajar em pensamentos. Quase sempre lembrando das últimas palavras e dos abraços do nosso último encontro. E creio que assim faço a nossa felicidade. Ao despertar minha sensibilidade ao entender sua.

Nosso gênios nunca serão iguais por conta de pensamentos e estilo de vida. Mas no decorrer destes quase oito meses juntos, descobrimos que somamos felicidade ao falarmos e pensarmos sobre o verbo Amar sob todas as formas. Ela de forma arrebatadora, clara , intransitiva ou sem preposições. Eu de maneira mais acanhada, indireta, com minhas preposições da timidez mas em tom humorado. Sempre conjugando no presente e já pensando no Futuro do Presente "NOS AMAREMOS".

Te amo, Rayanna!

Por Raoni Barbosa
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O Chamado em Minutos

Quinta-feira. 13 de maio. Três dias após o aniversário de minha irmã Gabriela. Acordei para mais um dia de trabalho(estágio). Marquei para 6h40, mas somente 7h30 tenho acordado - não mais que isso. Virou tática para acordar. Coloco despertar para meia hora antes da hora prevista para aperriar a paciência e enfim começar o dia. Antes me estressava fazer isso, mas agora estou acostumado. Entre o banho, o café e a saída de casa para tomar um ônibus rola um tempo de 20 minutos. Quando o olho bate no relógio, já penso logo: Eita porra, to atrasado! Carajoooo!

Andar de ônibus é até legal, mas quando não há a necessidade de chegar a algum lugar naquela velha desculpa dos cinco minutinhos. Nessa quando chego na parada de ônibus logo avisto uma jovem lindinha mesmo (desculpa namorada! kkk) toda trajada de branco - notoriamente estudante de alguma área de saúde. Ela saiu do banquinho segurando uma penca de livros mais uma sombrinha na tentativa de acenar para o ônibus circular lotado que seguia para a Universidade. Perdeu.

Meu irmão que estresse foi aquele: a moça soltou os livros e arrebentou o cabo da sombrinha no banco da parada. 

Até aí, deu vontade de sorrir. Certo, sou besta mesmo pra sorrir e um ótimo ator pra disfarçar a vontade quando a mulher resolveu despachar a raiva pelos olhares em quem a estivesse observando. No entanto, o curioso não foi isso. Foi uma lição de vida que um senhor começou a dizer para ela sobre o estresse da correria da vida.

"Minha filha, se acalme. Vai ver não era esse o ônibus certo pra você pegar... Pra que a pressa?! Sente ai", disse seu Domingos já apontando pelo horizonte a chegada de um outro que fazia a mesma linha: "Tá vendo. Chegou outro. Quebrou a sombrinha sem necessidade. E se a chuva chegar? Bora se acalmar, juventude", complementou ele o monólogo de três minutos como quem fosse "O Cara " ao pedir pelo pensamento e voz da experiência o ônibus da moça.



Gostei das palavras dele, mas era hora de aparecer o meu transporte - Cadê aquele #felas kkk. Foi quando o seu Domingos se aproximou de mim e começou a conversar. Não sei se fui eu quem pegou o mesmo transporte que o dele ou vice-versa. Sei que, pelos breves 20 minutos até o meu trabalho, ele resumiu com uma divina memória toda sua vida como um locutor esportivo no rádio - e eu não perdi um detalhe da conversa.

O velho passou de vaqueiro a ex-funcionário da Cepisa contando com o revés de ter perdido sua esposa e entrado no mundo do alcoolismo. Viu os filhos crescerem, mas não da forma como gostaria. Mas tudo bem, seu Domingos agradece a Deus esse favorzinho de ter olhado e abençoado suas crias que agora desbravam pelo mundo vidas próprias.

Olhando sempre para o céu (mesmo estando dentro do ônibus), ele apontou dez vezes para cima para falar que "acorda, vive e dorme" sempre agradecendo a Deus por tudo que ele já passou, teve ou tem. Hoje e assim como há 20 anos ele seguia para o A.A (Alcóolicos Anônimos) na maior alegria como quem diz pelo sorriso:

"A vida é isso. Com bons ou maus momentos, é isso. A gente vive assim também e pode ser feliz". 

 
Ao botar a lição na cachola, ele dá um último aviso a mim com o dedo em riste com os olhos azuis da cor de tiquira (bebida maranhense a base mandioca) esbugalhados: "Tudo que a gente planta, a gente colhe. É assim que funciona". Agradeci pelas palavras, paguei a passagem e rasguei pelo mundo na vontade de querer viver mais e, de já, agradecendo a Deus também.

Raoni Barbosa
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"Aposentados" em ação no futebol amador

Há pouco mais de uns dois anos, uma vez participando de roda de conversa com a galera do meu bairro em Caxias (MA) na esquina onde o vigia Vagal costuma ficar todas as noites para a segurança do residencial, comecei a colocar as discussões de futebol em dia.

Dizia que meu time (Corinthians) não estava legal na defensiva, no meio de campo e no ataque. O Mayke reclamava que seu Vasco da Gama precisava de atacante decente. O Flamengo do François e Queiroz, para eles, era uma seleção - mesmo contando com um time meia boca na época. O resumo da conversa era o mesmo para todos: falta de jogadores bons, aqueles craques mesmo de dar inveja jogando no exterior nos melhores clubes da europa. Dai eis que comecei a "viajar na maionese".

"Rapaz, já pensou uns caras daqueles vindo jogar no Brasil como seria uma loucura? O Ronaldo falando ai que quer se aposentar no Flamengo e Roberto Carlos no Santos. Dia desses o Henry falou que desejaria jogar no Vasco. Já pensou o ataque do Flamengo, Ronaldo e Obina, com um Zidane no meio fazendo dupla com o Toro? kkkk ê rapaz, o vasco ia ficar legal.. Henry e Abuda no ataque com Viera fechando o meio de campo com o Amaral? kkkkkk No Corinthians ia ser bacana o Eto'o e Bobô fazendo dupla na frente kkkkkkk"

A galera riu, mas não demorou muito e isso aconteceu. Bastou olhar nos noticiários de todo Brasil: Ronaldo é o mais novo reforço do Corinthians. O cara saiu da Europa e resolveu vir ao Brasil recuperar o prestígio. No final das contas, Ronaldo voltou a jogar futebol, rendeu (e ainda rende) milhões e milhões ao Corinthians. Com a chegada de Roberto Carlos não será diferente. Adriano chegou ao Flamengo e foi campeão brasileiro. Robinho, com toda idolatria e pouco futebol no exterior, chegou ao Santos com a fé de um salvador. Os clubes da região Sudeste-Sul estão investindo pesado na bolada que esses caras "desacreditados" podem render para desatolar os times da eterna crise financeira. Haja empresa querendo querendo ligar seus nomes aos desses craques do futebol mundial... Um dia eu sonho que o Paraíba e o Carvalho que tanto mandam no comércio nordestino investirem no futebol. Seria uma boa idéia, não é?

Raoni Barbosa
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