'Ídolo de Domingo?! Não... mas de todos os dias'

- Últimas curvas para Ayrton Senna... Ai vem ele, final da prova. Senna agora está no final da reta... Ayrton vem na ponta-dos-dedos...
- Ayrton... Ayrton... Ayrton Senna do Brasil!!!
- [música tema da vitória]
Assim ele vencia seu último grande prêmio numa carreira histórica pela Fórmula 1, em Interlagos (se não me falha a memória, em 1993). Esse sim, era Ídolo. Embora desse exemplo de como força de vontade, garra e determinação era essencial para as vitórias aos domingos nas provas de automobilismo, o arrojado piloto era Ídolo mesmo de todo dia. Assistir às transmissões esportivas era como se fosse uma terapia sobre auto-estima.
Comentar dia-após-dia o que se passou pela 'telinha' após as provas em que Ayrton Senna corria era formidável. Os elogios eram praticamente iguais, diferentes eram as formas de praticá-los: era o pessoal berrando uma locução do Galvão Bueno, sempre ao lado de Reginaldo Leme, sobre a vitória daquele domingo... era fazendo barulho de carro de fórmula 1... era contando para as pessoas no outro dia, 'Viu lá?! O cara é fera!'...
Eu tinha a minha aos 7 anos de idade: assistir às provas vestido com um mini-macacão da fórmula 1 que minha avó fez. Era vermelho, mas estava amarrotado por ter dormido com ele no dia anterior sob a expectativa de assistir aquele cidadão do capacete verde-amarelo, meu ídolo, aparecer na televisão no dia seguinte, naquele velho e saudoso domingo.
Era 1994. GP de Ímola... Acordei cedo, embora ainda com os olhos de sonolência... Galvão narrando a toda altura, mas em tom diferente. Era voz de medo, porque no dia anterior nos treinos classificatórios, morrera Roland Ratzenberger. E isso fez com que todos os envolvidos na prova ficassem apreensivos, 'travados'. O 'espetáculo' na poderia parar, mas parou. E na 6ª volta com uma outra fatalidade: a morte de Ayrton Senna.
Chorar, chorar e chorar... Era só o que o povo brasileiro poderia fazer naquele momento. Os domingos nunca mais seriam os mesmos. Quem amava as segundas-feira - como eu -, hoje, quando acorda um dia após prova de fórmula 1, tem calafrios (sem exagero!). Isso somente pelo fato relembrar o fatídico dia em que nosso Ídolo maior saira de cena...
Pode ser que apareça um dia alguém com o mesmo vigor, mesma força de vontade e determinação, mas não com o mesmo carisma e idolatria. Efemeridade não está no dicionário dos que fizeram e fazem história seja em quaisquer atividade... Ser Ídolo é ser eterno... É ser 'recomendação' para criança, jovem e adulto...
LinksBiografia - http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/ayrton-senna/ayrton-senna.php

Por Raoni Barbosa
2 Comentários:
Bom d+ as manhas de domingo ao som do ranco dos motores!
4 de maio de 2009 às 00:38Isso que tu colocou no final do texto, velho, foi interessante... penso nisso sempre que vejo as provas hoje em dia de fórmula 1... Massa, Hamilton, Barrichello aparecem... mas nada será igual a Senna...
7 de maio de 2009 às 01:21Postar um comentário