domingo, maio 17, 2009

Cultura Piauiense: Só dinheiro não basta. Ser empreendedor é preciso

Como se faz cultura? Pode ser tudo aquilo que se é feito pelo homem. E este se dispõe de que recursos? Antes a “pau e pedra”, o artista era mais feliz. Porque a naturalidade em que as concepções de mundo residiam era interessante e inspirador para a produção artística. Viver de arte era lema. Os anos se passaram, e aquele que nos dava alegria por sua criatividade e talento, hoje, tem suas inspirações podadas pelo pensamento capitalista, impedindo uma fácil profissionalização. Fazer arte, agora, exige dinheiro.


No intento de fomentar e facilitar a produção artística os recursos federais e estaduais se transformam em ‘salva-vidas’ para a arregimentação da cultura local. Um passo inicial para aqueles interessados em adentrar a esse mundo. O ano é consumido pelo tempo. E diversos editais programados são lançados para o Estado. As Fundações Culturais do Piauí e Monsenhor Chaves propõem-se como elo da corda que liga o artista e o reconhecimento da obra. E olhe que a classe é enorme: músico, artista cênico, artista plástico, o pessoal que alimenta o folclore e o artesanato, literatos e etc.


O “Mecenato” de outros tempos dá lugar aos “Fundos de Investimento” – uma palavra mais chique para os investidores. Sozinho às vezes não se consegue nada. Só a fé e muita força de vontade para manter o sonho vivo. A máquina dos investimentos pode até ficar ligada no automático, mas terá pouco efeito para a solução-base do problema de o artista piauiense vingar em palcos ‘além-Piauí’: a criação do espírito empreendedor.


A capacitação desse espírito no empreendedorismo artístico viria a calhar como demonstração forte para os empresários que recursos por eles destinados poderão sim ter volta para ambos: para uns o dinheiro poderá ser recapitalizado e para os outros a construção eficaz de produção artística genuinamente piauiense como identidade pelo Brasil.


Pode ser que o empreendedorismo seja um fato óbvio para o sucesso para a cultura piauiense. Porém, mesmo o artista possuindo o ‘dom’ para seu respectivo ramo, é preciso mais do que nunca que se desperte tal ‘espírito’, caso contrário, continuará ‘cantando em casa pelos próximos anos no banheiro’.

Por Raoni Barbosa

2 Comentários:

katia Ruivo disse...

Como é rica a cultura do nordeste em todas as áreas, porém tão desconhecida do resto do país...é realmente uma pena...

19 de maio de 2009 às 11:34
Anônimo disse...

Velho, tu falou uma coisa certa. Empreendimento. Mais foda eh que fica complicado num invertir tb, sakas? Abraço!

21 de maio de 2009 às 22:18